segunda-feira, 28 de março de 2011

Bandido bom é bandido morto.

Acabou agora há pouco uma perseguição da polícia contra assaltantes que resultou na morte de um deles. Eles tentaram fazer uma "saidinha de banco" no Bradesco, na marginal da BR-101, perto do Ed. Jacumã. O valor do assalto seria de R$ 24 mil, mas o BOPE conseguiu resolver o problema. A reação no twitter foi imediata, com as pessoas vibrando por mais um bandido estar morto.
Na minha visão, temos algumas coisas a considerar em relação a isso.
Toda vez que um bandido é morto tem-se a falsa impressão da diminuição - menos um bandido - da violência. Reflexo da nossa sensação de insegurança.
Quando a polícia consegue prender alguém, normalmente existem vários recursos que fazem com que a pena seja substancialmente diminuída e assim, o meliante está apto para praticar seus delitos, e o que é pior, solto legalmente. Por isso se comemora também a morte de um bandido. Reflexo da nossa sensação de impunidade.
Acho que os responsáveis pelas leis - em especial o código penal - precisam urgentemente revê-las. Os bandidos precisam temer praticar o crime, e não se sentirem incentivados a isso, para que a sociedade não precise vibrar com a sua morte.
Em tempo, também achei ótimo que mais um bandido morresse.

Acidente na BR

Mais um jovem morto - provavelmente por imprudência sua - numa madrugada, em acidente automobilístico. O segundo num espaço tão curto de tempo.
Voltam as mesmas questões, pessoas cobrando lei seca, políticos apresentando mil soluções, etc, etc.
Mas, para mim, a questão é muito maior. Estava com uns amigos, e um deles me disse que, ao viajar para os EUA, era muito mais prudente dirigindo lá do que aqui, pois sabia das consequências reais que aconteceriam se ele fosse pego bebendo. E não foi só com direção que ele falou, foi inclusive de jogar lixo no chão, etc.
Como vemos, é muito mais da consciência de cada um, do que da competência do estado, o fim - ou diminuição - dessas tragédias. Ficar só esperando a atitude de outras pessoas é muito cômodo. Você, eu, qualquer um pode fazer a sua parte.
Outro dia li no twitter de uma famosa colunista da nossa cidade - após esse acidente - que era para se lançar uma campanha onde todo mundo voltasse de táxi após as festas. Ela mencionou que quando começasse, ela iria parar de beber e voltar dirigindo. E porque não começa logo? Porque não começou? Tem que esperar a campanha para poder voltar de taxi? Tem que tá na moda, pois se não você ficará "por fora" se voltar de táxi?
Eu acho que esse acidente foi mais um caso de irresponsabilidade. Mas, no geral, todos temos um pouco de culpa nesse quesito álcool/direção.

O faroeste palumbiano

Noite de sexta. Para muitos, não há melhor horário na semana. Pensar em trabalho? Só daqui a dois - se der tudo certo, longos - dias. Hora de deixar tudo de lado e começar a degustar todos os momentos mágicos que só um fim de semana pode proporcionar, ainda mais para quem mora e circula pelo "plano palumbo" - como alguns colunistas gostam de chamar o trecho que corresponde aos bairros de Tirol e Petrópolis. Frequentar bons restaurantes, ver e ser visto, rever amigos, fazer as pazes com o cônjuge, começar um relacionamento ou simplesmente desetressar. A região da praça das flores, parece o local ideal dentro do "Plano Palumbo". Inclusive - agora - para os bandidos. O tiroteio que ocorreu na última sexta - que foi consequencia de um assalto no restaurante Bigi - mostra o quanto estamos à mercê da sorte (ou da falta dela). E o pior, não exite mais lugar seguro. Depois vem as explicações de praxe: "Já colocamos as viaturas para perseguir", "Reforçamos a segurança no local", "Prendemos os elementos". São todas atitudes louváveis e corretas. Mas, faço aqui uma pergunta: Por que não foram feitas ANTES? Certamente algumas das pessoas que foram vítimas, terão algum trauma e pensarão duas vezes antes de sair de casa - dependendo do local - sem contar no prejuízo que os bares e restaurantes da região sofrerão, por causa da possível queda de clientes, em decorrência desse episódio. Se houvesse um trabalho de prevenção, tudo isso poderia ter sido evitado.
Depois que aconteceu, a praça das Flores vai ser o local mais seguro do mundo por umas 3 semanas, e os bandidos possivelmente migrarão para outros estabelecimentos.
Se brincar, vão até profissionalizar a parte do tiroteio, vendendo ingresso e tudo, para quem quiser ver:
"Não perca o faroeste palumbiano. Pista R$ 50,00. Camarote com frontstage R$ 100,00"