segunda-feira, 6 de junho de 2011

60 anos


















Numa determinada noite, após marcada a data do meu casamento, meu pai chamou a mim e a Luciana para uma conversa. Na realidade ele queria fazer três pedidos a ela. Entre eles, que não me fizesse esquecer de tomar meu remédio nunca, já que sou epilético e basta tomar minha dosagem diária de topiramato para a vida seguir normalmente.
Esse mesmo homem que pediu isso, uma vez me liga do hospital dizendo que houve um "problemazinho", e pergunta se eu posso fazer um pagamento para ele. Estava quase infartando. Se a gente tocar no assunto, não dá muito certo.
Essas histórias ilustram bem quem é Marcelo Dieb: uma pessoa que é capaz de esquecer da própria vida para que os seus queridos estejam bem. E hoje ele está completando 60 anos.
Por conta dessa característica principal, ele nunca foi um homem de "posses" (acho que nunca quis) - como se diz no interior - mas, é impressionante como é absurdamente querido pelas pessoas que tem a oportunidade de conhecê-lo melhor (gera até ciúmes, heheh), mesmo com seu jeito perfeccionista, metódico e às vezes "meio neurótico" de ser. Quem gostaria de conviver com alguém assim? Quando esse alguém é Marcelo Dieb, essas características se tornam irrelevantes por causa do tamanho do seu coração, carisma, dedicação,etc...
Severino Vieira, Rosa Dieb, Tonha, Marilda Dieb e Carlos Ivan estariam orgulhosos do caçula que hoje já não pode ser chamado assim, pois não combina muito com alguns cabelos brancos que teimam em aparecer a cada dia.
Essa missão ficou aqui para Celeste, Bia, eu, André, Carol, Daniel e Luciana, devidamente respaldados por Maeterlink, Jussier, Zé Ivo, Tio Ugo, Tio Quincas, Marco Gurgel, Arnaldinho, Eduardo, Ricardo e tantos outros que estão muito bem representados por esses.
Hoje, dia 06/06 ele completa 60 anos. Coincidência? Talvez. Mas é a "cereja do bolo" de alguém tão especial. Até os números comemoram esta data.
Em algum lugar de New York, ele estará "sorvendo" um bom uísque, comendo muito bem (e postando no twitter, óbvio), e de preferência com uma excelente música.
Afinal, não é todo dia que se comemora 60 anos de uma luta "grande e desigual".

Beleza do futebol x beleza no futebol.

No último sábado, parei para fazer uma coisa que não fazia há algum tempo: assistir um amistoso da seleção.
Na hora do hino a câmera vai passando e todos os jogadores vão sendo mostrados: a minha impressão é que - como eles são muito ricos - eles gostam muito daquela frase: "Não existe gente feia, existe gente pobre". Garanto que, se eles jogassem futebol com a mesma preocupação que cortam cabelo, passam gel, escolhem chuteira, colocam esparadrapo nos braços para serem identificados em campo, etc, etc. O rendimento com certeza seria bem maior. A beleza do futebol está sendo substituída pela beleza no futebol. Só que as pessoas que pagaram de R$ 140,00 a R$ 340,00 em Goiânia, não queriam ver de Neymar seu penteado e sim seus dribles, queriam que Robinho imitasse Pelé nos gols e não no topete, queriam que o cabelo de Fred estivesse brilhando do suor e não do gel, e por aí vai.
Diferentemente dos anos 60, 70, 80, onde o futebol prevalecia. Didi, Pelé, Garrincha, Nilton Santos, Gerson, Zico e tantos outros jogavam - e estavam tão preocupados somente em fazer isso - tanta bola que não dava espaço nos programas esportivos para que os repórteres ocupassem a ausência do futebol com reportagens sobre cortes de cabelo ou géis.
A CBF pode ganhar mais uns potenciais patrocinadores para a amarelinha. A indústria de cosméticos é poderosa e nossos jogadores, são mais craques nisso do que com a bola nos pés.
Se eu tivesse pago para ir aquele jogo, sairia de lá direto para o PROCON.