segunda-feira, 6 de junho de 2011

Beleza do futebol x beleza no futebol.

No último sábado, parei para fazer uma coisa que não fazia há algum tempo: assistir um amistoso da seleção.
Na hora do hino a câmera vai passando e todos os jogadores vão sendo mostrados: a minha impressão é que - como eles são muito ricos - eles gostam muito daquela frase: "Não existe gente feia, existe gente pobre". Garanto que, se eles jogassem futebol com a mesma preocupação que cortam cabelo, passam gel, escolhem chuteira, colocam esparadrapo nos braços para serem identificados em campo, etc, etc. O rendimento com certeza seria bem maior. A beleza do futebol está sendo substituída pela beleza no futebol. Só que as pessoas que pagaram de R$ 140,00 a R$ 340,00 em Goiânia, não queriam ver de Neymar seu penteado e sim seus dribles, queriam que Robinho imitasse Pelé nos gols e não no topete, queriam que o cabelo de Fred estivesse brilhando do suor e não do gel, e por aí vai.
Diferentemente dos anos 60, 70, 80, onde o futebol prevalecia. Didi, Pelé, Garrincha, Nilton Santos, Gerson, Zico e tantos outros jogavam - e estavam tão preocupados somente em fazer isso - tanta bola que não dava espaço nos programas esportivos para que os repórteres ocupassem a ausência do futebol com reportagens sobre cortes de cabelo ou géis.
A CBF pode ganhar mais uns potenciais patrocinadores para a amarelinha. A indústria de cosméticos é poderosa e nossos jogadores, são mais craques nisso do que com a bola nos pés.
Se eu tivesse pago para ir aquele jogo, sairia de lá direto para o PROCON.

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