Propaganda em farda da PM.

Leio na coluna "Consumo e Propaganda" de Cláudia Penteado.

"Propaganda nas fardas dos PM? Não obrigado."

"A notícia de que entraria em votação na Assembléia Legislativa, nesta quarta-feira, 30 de março, um projeto do deputado Vagner Montes para vender espaços publicitários nas fardas dos PM’s do Rio de Janeiro causou imenso estranhamento no mercado publicitário. De acordo com o projeto, as empresas interessadas em anunciar poderiam colocar uma única inserção nos uniformes, sem descaracterizá-los, e só poderiam participar firmas que contribuam para o bem estar do Estado. Ao saber do súbito “desengavetamento” de seu projeto criado em 2007, Vagner Montes imediatamente o retirou de cena e afirmou, através de seu Twitter @depwagnermontes, que a idéia saiu de pauta para sempre. Como exatamente o material voltou à pauta e chegou aos ouvidos de vários jornalistas ao mesmo tempo, causou imenso estranhamento. Segundo a assessoria do deputado, a proposta foi criada em outra época, quando a PM do Rio vivia situação mais precária, e foi uma forma de protesto de Vagner Montes, que gerou grande polêmica, pois a justificativa do parlamentar era conceder melhoria salarial digna aos integrantes dos órgãos de segurança.
Alguns publicitários com quem conversei recusaram-se a sequer comentar o assunto, tamanho o absurdo. Outros levaram na brincadeira: “Imagine a cena. Um policial aborda um infrator. – Documentos!!! – O senhor sabe com quem está falando? Sou filho do diretor de marketing do seu patrocinador. Ou seja, esse projeto só pode ser pegadinha de primeiro de abril.”, brincou José Guilherme Vereza, diretor da agência 11:21 em São Paulo.
Eduardo Almeida, diretor de criação da Quê Comunicação, também opina: “Policial não é piloto de Fórmula 1 para estampar marcas no uniforme. Eles prestam um serviço a população e ações como esta poderiam prejudicar a identificação. Talvez uma empresa de blindagem ou de vigilância pudessem anunciar.”, conclui."


Imagine se essa ideia chega aos nossos ilustres governantes.